O Governo de Minas Gerais oficializou a implantação do Centro de Excelência em Cafeicultura de Montanha, um projeto que receberá investimento de R$ 17 milhões. A iniciativa será desenvolvida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede/MG), e tem como propósito fortalecer a produção cafeeira mineira, aprimorar a qualidade dos grãos e impulsionar a economia das regiões produtoras de montanha.
O anúncio foi realizado no Instituto de Laticínios Cândido Tostes, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Juiz de Fora (MG).
O novo centro será instalado em Lavras, no Sul de Minas, área próxima aos campos experimentais da Epamig, onde já são conduzidos estudos sobre novas cultivares, validação de tecnologias, testes de manejo e programas de melhoramento genético. A coordenação do espaço ficará a cargo do pesquisador Marcelo Ribeiro Malta.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, destacou a relevância da cadeia do café para o estado, lembrando que o produto é o segundo item mais exportado por Minas Gerais e continua em expansão.
Segundo ela, a criação do centro deve elevar o valor agregado da produção, ampliar a competitividade e abrir novas oportunidades para os cafeicultores mineiros.
O café de montanha, cultivado em regiões mais altas e com clima mais ameno, possui características sensoriais diferenciadas, influenciadas pela altitude, pelo terroir e pelas condições de temperatura. Para o diretor de Pesquisa e Inovação da Epamig, Trazilbo José de Paula Júnior, ainda há grande espaço para avançar em estudos voltados a esse tipo de cultivo, presente em grande parte das áreas produtoras de Minas Gerais.
O projeto prevê cinco anos de pesquisas e contará com parcerias de instituições de referência, como a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), fortalecendo a integração entre ciência, inovação e desenvolvimento regional.