EUA reduzem tarifas e aliviam pressão sobre exportadores de produtos citrícolas

Os exportadores brasileiros de produtos citrícolas receberam uma notícia positiva nos últimos dias. De acordo com o boletim semanal do Cepea-Esalq/USP, divulgado em 24 de novembro de 2025, recentes decisões do governo dos Estados Unidos trouxeram um alívio nas tarifas aplicadas ao setor — que atualmente atravessa um período de ritmo mais lento nos embarques internacionais.

No caso do suco de laranja, a administração norte-americana retirou, na primeira quinzena de novembro, a tarifa adicional de 10% imposta de maneira generalizada às importações desde abril. Essa taxa ainda incidia sobre o suco brasileiro e elevava os custos de entrada no mercado dos EUA.

Para subprodutos da laranja, como óleos essenciais, derivados terapêuticos e polpa, uma ordem executiva divulgada no dia 20 zerou as tarifas de 40%. Apesar disso, esses itens continuam sujeitos à tarifa extra de 10%, ainda em vigor.

Segundo os pesquisadores do Cepea, essa revisão tarifária representa outro avanço para o setor em um momento em que as exportações de suco registram menor dinamismo. Os agentes consultados destacam que a retirada das tarifas é decisiva para manter a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano — ponto crucial para o equilíbrio das vendas externas na safra atual.

Contudo, permanece válida a tarifa de US$ 415 por tonelada de FCOJ (suco concentrado congelado), um encargo que já existia antes do conjunto de medidas adotadas pelo presidente Donald Trump.

No caso dos subprodutos, o Cepea observa que a sobretaxa vinha reduzindo a presença desses itens no mercado dos EUA. Assim, a isenção anunciada tende a favorecer a retomada das exportações, abrindo espaço para recuperar parte do volume perdido nos últimos meses.